segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Não há eternidade...

Tudo dura o tempo que durar. E nada neste mundo se
deve apenas aos sentidos. A vida interpreta-se como
um texto, estar vivo é estar a caminho de alguma coisa,
de algum tempo, de algum lugar. Que coisa, que tempo,
que lugar?
Em cada coração que bate, bate um outro coração, mas
cada estrada que se abre divide ainda mais a floresta.
Saber morrer é fazer da vida uma planície de onde pos-
sas observar a montanha, e onde possas confirmar que
cada primavera é um tesouro tão precioso que, mesmo
que o percas, voltarás a encontrá-lo.
Depois, quando um dia subires a montanha, quando já
não puderes chegar mais alto, não terás coragem para
descer porque aquilo que te falta encontrar não estará
aos teus pés. Nesse instante, saberás que não há eterni-
dade nas coisas que podemos tocar...

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